Moradores do Catete protestam contra hotel para pessoas em situação de rua
Comerciantes também reivindicam alteração no serviço e reclamam do consumo de drogas e a insegurança na região
O Hotel Acolhedor, projeto do estado para atender moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade, está desagradando a moradores do Catete, que fizeram uma manifestação para reclamar dos transtornos que dizem estar sofrendo diariamente com o funcionamento inadequado da instituição. Moradores e comerciantes da Rua Pedro Américo se reuniram com faixas e cartazes nesta segunda (26).
+ Escorpião-amarelo: Búzios identifica foco da infestação em terreno
Os manifestantes dizem que a falta de vagas no hotel e os horários restritos de entrada no local estão levando muitos usuários de drogas para a rua, aumentando a insegurança. Eles afirmam as calçadas ficam lotadas ao longo do dia, enquanto o abrigo está fechado.
“As pessoas ficam jogadas durante o dia para tentar uma vaga à noite e um prato de comida. Muitas vezes não conseguem, o que gera conflito. Não somos contra o serviço, porém que ter um serviço de qualidade. Como o abrigo fica fechado durante o dia, muitos usam a rua para fazer necessidades e oprimem moradores pedindo dinheiro, além do consumo de drogas. No ano passado, levamos todas essas demandas para o governo estadual em uma reunião, ficaram de resolver e até agora nada”, disse o morador Jonathan Richard, líder da manifestação.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
A Secretaria de Estado Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em nota, afirma que o Hotel Acolhedor é um dos programas mais importantes da pasta e que não é um abrigo, mas sim um local onde as pessoas podem ser atendidas, acolhidas e reinseridas na vida social. A secretaria informa que estuda uma remodelagem no serviço para aumentar a eficiência.
