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Só no Brasil, o livro vendeu mais de 4 milhões de exemplares. Se todos os leitores de A Cabana forem ao cinema para conferir sua adaptação, teremos um sucesso de bilheteria. A procura, certamente, será grande. O best-seller foi escrito pelo canadense William P. Young e parte de um drama para pregar conceitos cristãos. Na trama, Mack Phillips (Sam Worthington) tem uma família perfeita. Os três filhos são seus xodós, mas uma tragédia se anuncia quando ele vai passar uns dias num acampamento. A caçula desaparece e, na sequência, é encontrada morta. Mack entra em depressão e tem sua fé abalada. Recebe, então, uma carta com o pedido para que vá à cabana onde a garotinha foi assassinada por um maníaco. Perto de lá, entra em contato, espiritualmente, com a Santíssima Trindade: Pai (Octavia Spencer), Filho (Avraham Aviv Alush) e Espírito Santo (Sumire Matsubara). O trio fará com que o protagonista tenha um acerto de contas com suas crenças. Nada contra o estilo doutrinário do roteiro. O problema está na longuíssima duração, nos intermináveis (e didáticos) diálogos e, sobretudo, na falta de emoção, ingrediente fundamental para a história. Direção: Stuart Hazeldine (The Shack, EUA, 2017, 132min). 12 anos.