Da água para o vinho, o diretor australiano Justin Kurzel saiu da nova versão de Macbeth, lançada no fim de 2015, e caiu na adaptação para o cinema do game homônimo Assassin’s Creed. Dois filmes totalmente opostos, mas com o mesmo elenco. Michael Fassbender (foto) e Marion Cotillard são os protagonistas de uma trama sem pé nem cabeça, porém embalada com criatividade visual (quase tudo na base da computação gráfica). Sentenciado à morte por assassinato no Texas, Cal Lynch (Fassbender) se vê transportado para uma fundação em Madri. Pai e filha (Jeremy Irons e Marion), chefes desse laboratório secreto, descobriram que Lynch é descendente de Aguilar, membro de uma legião contrária aos Templários, na Espanha do século XV. Por meio de uma geringonça capaz de ativar a memória genética, Lynch volta aos tempos da Inquisição para tentar localizar um artefato chamado Maçã do Éden. Ficção científica e fatos históricos são misturados em resultado confuso. Como entretenimento, contudo, o longa-metragem segue a cartilha da moda e não faz feio: muita ação, estardalhaço e efeitos visuais em enredo de pouco conteúdo. Direção: Justin Kurzel (Inglaterra/EUA/França, 2016, 115min). 14 anos.