Em Ritmo de Fuga
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Como misturar aventura, romance e humor e, ainda assim, ser original e bem-sucedido? A resposta está no eletrizante Em Ritmo de Fuga, título genérico para Baby Driver, sucesso de bilheteria nos Estados Unidos e, espera-se, também no Brasil. O feito vem de dois lados: da energia contagiante com que o diretor e roteirista inglês Edgar Wright (de Scott Pilgrim Contra o Mundo) comanda a ação e do carisma de seu jovem protagonista, Ansel Elgort (de A Culpa É das Estrelas). Aliados à dupla, um time de coadjuvantes excelentes, como Kevin Spacey e Jamie Foxx. Na trama, Baby (Elgort) possui uma dívida com o criminoso Doc (Spacey) e, para isso, “trabalha” como motorista em assaltos extremamente audaciosos. Baby tem um jeito, digamos, peculiar de dirigir. Incrível ás do volante, o rapaz, de poucas palavras, é movido por canções escutadas no fone de ouvido. A sincronia entre música e fugas implacáveis faz a diferença. Além disso, Baby Driver ganha uma porção romântica — e a química entre Elgort e a garçonete interpretada por Lily James consegue pontos positivos. Com referências cinematográficas e deliciosa trilha sonora eclética (de Barry White a Blur), o filme se distancia dos efeitos digitais e entrega, na raça, uma vibrante diversão de qualidade. Direção: Edgar Wright (Baby Driver, EUA/Inglaterra, 2017, 112min). 14 anos.