Fazendo História
- Direção: Gláucia Rodrigues
- Duração: 120 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Rafael Teixeira
Guardadas as devidas proporções, Fazendo História revela semelhanças com os chamados romances de formação, em que o personagem principal é mostrado da infância ou adolescência até a maturidade. Vencedora dos importantes prêmios Laurence Olivier, em sua encenação original inglesa, e Tony, pela montagem na Broadway, a comédia dramática de Alan Bennett traz, porém, não um, mas oito protagonistas (vividos aqui por André Arteche, Renato Góes, Hugo Kerth, Helder Agostinni, Rafael Canedo, Yuri Ribeiro, Ricardo Kennup e Guilherme Ferraz). Alunos de uma mesma escola, eles estão sendo preparados para entrar nas melhores universidades da Inglaterra. Para isso, o diretor (Edmundo Lippi) contrata Irwin (Mouhamed Harfouch), professor que ele julga mais qualificado do que o heterodoxo Hector (Xando Graça, excelente) – com quem, entretanto, os garotos têm enorme cumplicidade. Tendo o embate entre os mestres como pano de fundo, o texto vai entrecruzando de maneira tocante, mas sem pieguice, as aspirações para o futuro e a realidade do presente de cada um dos alunos, enquanto reflete sobre a superação de diferenças e a própria ideia de educação. Diante de uma cenografia crua, a direção de Gláucia Rodrigues investe, com êxito, na interação do elenco (120min). 12 anos.