O diretor François Ozon tem uma carreira de filmes marcantes, como Sob a Areia, O Tempo que Resta, Dentro da Casa e Uma Nova Amiga. O novo Frantz é outro grande momento de sua filmografia. Rodada em belíssimo preto e branco (com raras cenas coloridas), a trama se passa em 1919, logo após a I Guerra, num vilarejo da Alemanha. Lá, a jovem Anna fica intrigada com a visita de um estranho ao túmulo de seu noivo, Frantz, morto em combate. O desconhecido veio da França, chama-se Adrien Rivoire, tem aparência frágil e olhar disperso. O cineasta francês, como já havia feito em Angel (2007), não se intimida em realizar um novelão à moda antiga, com reviravoltas românticas e, agora, dando uma “modernizada” no folhetim ao abordar a intolerância racial no pós-guerra. Nos papéis principais, Pierre Niney e Paula Beer (foto), premiada no Festival de Veneza, traduzem muito bem a angústia e as confusões sentimentais de seus personagens. Direção: François Ozon (França/Alemanha, 2016, 113min). 12 anos.