Hereditário
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Hereditário vem sendo comparado a O Exorcista, sobretudo por sua atmosfera de horror. Não é para tanto, embora fique, felizmente, muito distante dos filmes com sustos genéricos. O primeiro longa-metragem do diretor Ari Aster tem originalidade e fica complexo em seus minutos finais. Busca, assim, os espectadores que aprovaram A Bruxa e Ao Cair da Noite. Vale o aviso: quem procura o terror de fácil digestão deve mudar de sessão. Annie (Toni Collette) enterra a mãe e há revelações sobre seu passado traumático envolvendo mais duas perdas na família. Especialista em reproduzir ambientes em miniatura, ela recebe o apoio do marido (Gabriel Byrne) e do filho (Alex Wolff) após uma nova tragédia. Também roteirista, Aster utiliza elementos do sobrenatural numa história muito longa (mais de duas horas) e explicações para usar (bem) o cérebro. Direção: Ari Aster (Hereditary, EUA, 2018, 127min). 16 anos.