Jackie
Jackie, que concorre a melhor atriz (Natalie Portman, na foto abaixo), figurinos e trilha sonora, não é uma cinebiografia completa de Jacqueline Kennedy Onassis (1929-1994). Aviso dado. Em seu registro sobre a ex-Primeira-dama americana, o diretor Pablo Larraín (o mesmo de Neruda) privilegia os mais dolorosos dias enfrentados por ela. Com parte do enredo inspirado num artigo da revista Life, o roteiro especula como Jackie se comportou após o assassinato do marido, o presidente John Kennedy, durante uma carreata em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de 1963. Além das horas seguintes à tragédia, a trama ainda mostra como a protagonista dominava a cena na Casa Branca ao relembrar sua trajetória para um repórter (Billy Crudup). Larraín apresenta uma “radiografia” enxuta, porém consegue trazer à tona os confusos sentimentos que tomaram conta de Jackie — da esposa de olhar perplexo à mulher firme de opiniões próprias. Alguns podem estranhar a fala mansa e pausada de Natalie, mas sua ótima atuação está espelhada na verdadeira dona dessa história. Direção: Pablo Larraín (Chile/França/EUA, 100min). 14 anos.