Lady Bird — A Hora de Voar
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
É difícil compreender os motivos que levaram Lady Bird — A Hora de Voar a ser tão festejado nos Estados Unidos, a ponto de receber cinco indicações ao Oscar, incluindo as categorias de melhor filme e direção. Atriz simpática e fofa, Greta Gerwig (de Frances Ha e Mistress America) estreia como cineasta numa história de traços autobiográficos, mas que pouco acrescenta ao desgastado rito de passagem da adolescência para a vida adulta. Saoirse Ronan e Laurie Metcalf, que concorrem ao Oscar de melhor atriz e atriz coadjuvante, se engalfinham como filha e mãe. Moradora da sonolenta Sacramento, na Califórnia, Lady Bird (Saoirse) está prestes a entrar na universidade. Estudante de um colégio católico, a garota tem inclinações artísticas e se envolve com dois colegas, um certinho (Lucas Hedges) e um moderninho (Timothée Chalamet, de Me Chame pelo Seu Nome). É um filme de memórias sensível e bonitinho, porém dá a impressão de que as lembranças de Greta não são muito interessantes para valer um registro. Direção: Greta Gerwig (Lady Bird, EUA, 94min). 14 anos.