Liga da Justiça
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Assim como Os Vingadores está para a Marvel, Liga da Justiça está para a DC. Cinco heróis dos quadrinhos se reúnem pela primeira vez no cinema para, claro, marcar presença em sequências e derivados. Se a Mulher-Maravilha já encontrou o Homem-Morcego e o Super-Homem em Batman vs Superman — A Origem da Justiça, de 2016, agora entram em ação mais três personagens: The Flash, Aquaman e Cyborg. O roteiro, simples e didático, explica a origem deles. Nas primeiras cenas, lamenta-se a morte de Superman (olha o spoiler do filme anterior!) e revela-se a ameaça que vem dos céus. Terríveis criaturas aladas, chamadas pandemônios, alimentam-se do medo dos humanos — eis aí uma boa ideia. Quem está por trás desses seres é o vilão Lobo da Estepe, que precisa reunir três caixas mágicas para destruir a Terra. Batman (Ben Affleck), já com o apoio da Mulher-Maravilha (Gal Gadot), vai atrás de Flash (Ezra Miller), Cyborg (Ray Fisher) e Aquaman (Jason Momoa) para formar a equipe. A canastrice de Affleck, Momoa e Henry Cavill (o Superman) se faz presente, e Gal Gadot não arranca suspiros como em seu filme-solo. Esperança do grupo, o talentoso Ezra Miller, um ator dramático (vide Precisamos Falar sobre o Kevin), tenta injetar graça juvenil nos moldes do adolescente Homem-Aranha. Não convence. Os efeitos visuais, usados à exaustão (alguém ainda acha inovador ver uma bala saindo de um revólver em câmara lenta?), parecem extraídos de um videogame. O longa-metragem, ao menos, é enxuto. As duas horas de duração passam rápido — e Liga da Justiça passa batido. Direção: Zack Snyder (Justice League, EUA, 2017, 121min). 12 anos.