Logan
- Direção: James Mangold
- Duração: 137 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: EUA
- Ano: 2017
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Em sua recente passagem por São Paulo, Hugh Jackman declarou aos jornalistas que Logan não é para crianças, pois tem muita violência e traz uma reflexão sobre o envelhecimento e a morte. “Emociona sem ser sentimental”, concluiu. O astro australiano está certíssimo e resumiu muito bem os objetivos do filme. Depois de interpretar o personagem sete vezes em dezessete anos (desde o primeiro capítulo da cinessérie X-Men), Jackman, em uma de suas atuações mais viscerais, retoma Logan/Wolverine com fôlego cansado e andar cambaleante. A ação transcorre em 2029, em El Paso, cidade na fronteira dos Estados Unidos com o México. Wolverine, o mutante de garras afiadas, trabalha como motorista de uma limusine e cuida do professor Xavier (Patrick Stewart), que se encontra em avançado estado de demência. A ambiência vem dos faroestes, e o clima parece bastante intimidador. Logan quer distância de confusões, mas terá de enfrentar poderosos inimigos quando Laura (a ótima revelação Dafne Keen, no detalhe) entra de supetão em sua vida. Aos 11 anos, a garota, embora não fale, tem agilidade impressionante. A partir daí, a história, sem trair a origem da saga, investe num drama existencialista de voltagem intensa e desfecho capaz de deixar os fãs comovidos. Estreou em 2/3/2017.