Macbeth – Ambição e Guerra
- Direção: Justin Kurzel
- Duração: 113 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Inglaterra/ França/EUA
- Ano: 2015
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Entre as várias versões de Macbeth para o cinema estão as lendárias de Orson Welles (1948) e de Roman Polanski (1971). O australiano (e quase estreante) Justin Kurzel teve a difícil missão de superar seus concorrentes, sobretudo por contar em seu elenco com dois dos melhores atores da atualidade: Michael Fassbender (nome quase certo para concorrer ao Oscar por Steve Jobs) e a francesa Marion Cotillard, a Piaf. Mas Macbeth — Ambição e Guerra, embora visualmente original, não desce redondo. O texto de Shakespeare ganha tradução literal e, por isso, pode soar “estranho” aos ouvidos. Acompanha-se, aqui, a trajetória do guerreiro Macbeth (Fassbender) que, após sair-se vitorioso de uma batalha, escuta, de três bruxas, algo impensável: ele se tornará o próximo rei da Escócia. Instigado pela ambiciosa esposa (Marion), Macbeth acaba matando Duncan e, assim, assume o trono. Outras vinganças e crimes virão. Cenários e figurinos despojados tentam aproximar o espectador dos personagens, mas, inexplicavelmente, o realizador tira de cena algo fundamental na peça: as mãos sujas de sangue de Lady Macbeth que a levam à loucura. Além disso, o tom solene das atuações provoca certo tédio. Estreou em 24/12/2015.