João Moreira Salles demorou dez anos para voltar ao cinema após a consagração com Santiago (2007), um dos documentários mais sensíveis e relevantes do novo século. Em No Intenso Agora, o diretor tem um grande trunfo em mãos, mas a cansativa narrativa deixa um sabor de frustração. A partir de filminhos caseiros feitos por sua mãe, que visitou a China em 1966, o realizador faz uma reflexão (em primeira pessoa) sobre a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, a Primavera de Praga e a revolta dos estudantes na Paris de maio de 1968 (foto acima). Usando apenas preciosas imagens de arquivo, o diretor se alonga demais ao opinar sobre fatos marcantes. Direção: João Moreira Salles (Brasil, 2017, 127min). Livre.