O Destino de Uma Nação
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Com mais de três décadas de carreira, o inglês Gary Oldman foi indicado apenas uma vez ao Oscar de melhor ator — por O Espião que Sabia Demais, em 2012. Seu nome é certeiro neste ano entre os concorrentes e é bem provável que ele ganhe, finalmente, o troféu por seu desempenho em O Destino de uma Nação. Fabuloso na pele de Winston Churchill, o astro dá conta do recado mesmo sem ter a aparência do icônico primeiro-ministro britânico. A formidável maquiagem (que também merece ser premiada) e a atuação o transformaram em um homem mais velho, pesado, de postura arqueada e vozeirão potente. A interpretação de Oldman vale, sim, o ingresso, mas o personagem já foi visto muito recentemente — na série The Crown e na também cinebiografia Churchill. O episódio registrado, contudo, guarda mais parentesco com o espetacular Dunkirk e mostra como Churchill, recém-empossado primeiro-ministro em maio de 1940, enfrentou Hitler durante a II Guerra. Direção: Joe Wright (Darkest Hour, Inglaterra, 2017, 125min). 12 anos.