Tudo é muito simples e, ao mesmo tempo, complexo em O Parque, o segundo longa-metragem do francês Damien Manivel. Não há movimentos de câmera nem trilha sonora, os atores (que levam o nome dos personagens) são estreantes e o parque, a única locação, também faz parte da interação psicológica. Os estudantes Naomie (Vogt-Roby) e Maxime (Bachellerie) têm um primeiro encontro numa tarde de verão. Como estão se conhecendo, falam do que gostam, da família, do futuro profissional. Há flerte com a nouvelle vague e, quando a noite cai e os dois se separam, ecoa o cinema fantástico do tailandês Apichatpong Weerasethakul. A realização poderia soar pedante, mas seu modelo tão despretensioso surpreende e cativa. Direção: Damien Manivel (Le Parc, França, 2016, 71min). 14 anos.