Quem anda ali pela faixa dos 40 anos — para cima — certamente se lembra do “barão”. Assim ficou conhecida popularmente a finada nota de 1 000 cruzeiros, na qual vinha impressa a efígie do barão do Rio Branco. Lançada em 1977, a cédula é uma das muitas criações do pernambucano Aloísio Magalhães (1927-1982), pioneiro do design moderno no país. Também levam a sua assinatura os primeiros logotipos de empresas como Light, Petrobras e Rede Globo, além das marcas do IBGE, da Bienal de São Paulo e de instituições financeiras, como o Banespa e o extinto Unibanco. Um dos trabalhos mais emblemáticos do artista é o símbolo do IV Centenário do Rio de Janeiro, criado em 1964 — seu sucesso retumbante e sua acolhida pela população são o sonho de qualquer designer. A mostra Ocupação Aloísio Magalhães, que já passou por São Paulo e Recife e tem abertura prevista para sábado (9) na Biblioteca Parque Estadual, exibe essas e outras obras, inclusive as pinturas abstratas do começo da carreira. Trata-se de bela oportunidade de conhecer um artista que contribuiu para dar cara ao Brasil.