Oito Mulheres e um Segredo
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Depois de três longas-metragens da cinessérie Onze Homens e um Segredo, não havia fôlego nem enredo para uma nova produção. A saída, então, foi reinventar a franquia com um time feminino, e o bom resultado aparece em Oito Mulheres e um Segredo. Há uma ligação entre lá e cá: Debbie Ocean (Sandra Bullock) é irmã de Danny Ocean (George Clooney). Assim como ele, Debbie virou uma malandra profissional e sai da cadeia prometendo levar uma vida regrada. Logo na primeira sequência, dá golpes num hotel de luxo e numa chiquérrima loja de departamentos de Nova York. Ela tem, porém, um plano ambicioso: roubar um colar de diamantes durante o jantar do baile de gala do Met. E onde entram as outras sete mulheres do título? São as comparsas de que Debbie precisa para a empreitada, a começar por sua amiga Lou (Cate Blanchett). Participam ainda da jogada uma hacker (Rihanna), uma trombadinha oriental (Awkwafina) e uma excêntrica estilista inglesa (Helena Bonham Carter), entre outras. Sem saber da falcatrua, a modelo Daphne Kluger (Anne Hathaway) é quem vai usar a joia no evento. A fórmula foi bem reciclada. Embora dirigida de forma burocrática e com furos e situações improváveis no roteiro, a trama ganha ao acrescentar charme, elegância e humor a um delicioso “filme de roubo”. Direção: Gary Ross (Ocean’s Eight, EUA, 2018, 110min). 14 anos.