Pantera Negra

Veja Rio:

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

É louvável, para dizer o mínimo, que o cinemão americano tenha se curvado ao black power, reunindo num mesmo filme equipe técnica e atores veteranos negros, do porte de Angela Bassett e Forest Whitaker, a novatos como Daniel Kaluuya (Corra!) e Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão). A ótima intenção, porém, não faz de Pantera Negra um bom filme. A desajustada atuação do elenco é um dos problemas. Os protagonistas, Chadwick Boseman (foto) e Michael B. Jordan, são expressivos, mas muitos coadjuvantes se embolam num forçado sotaque africano, “recitando” diálogos rasteiros que culminam em discursos panfletários a fim de dar um ar “contemporâneo” aos filmes de super-herói. Embora seja um produto da grife Marvel, o humor pulou fora e, com uma direção de arte de gosto duvidoso, figurinos e cenários parecem ter sido feitos para uma escola de samba. No roteiro, T’Challa (Boseman), o Pantera Negra, torna-se rei do fictício país de Wakanda, na África, após a morte de seu pai. Mas o jovem Eric (Jordan) tem motivos para reivindicar a posse do trono. Direção: Ryan Coogler (Black Panther, EUA, 2018, 134min). 14 anos.

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