Embora tenha feito filosofia, Etienne quer ser cineasta e sai de Lyon, deixando os pais e a namorada, para estudar na capital francesa. O início de Paris 8 (nome também da universidade) é bastante promissor, sobretudo por apresentar uma calorosa discussão acerca das diferentes maneiras de fazer cinema — alguns estudantes preferem o modo autoral, outros buscam o viés comercial. O protagonista, contudo, revela-se um sujeito insosso e indeciso, inspirado no próprio diretor, Jean-Paul Civeyrac, e, não à toa, interpretado com apatia por Andranic Manet (foto). Etienne se relaciona com várias mulheres (sem demonstrar muito afeto), tem episódios de amizade transitando pelo superficial e pelo solidário e mostra-se, no curta-metragem que dirige numa cena, um perdido no meio cinematográfico. Direção: Jean-Paul Civeyrac (Mes Provinciales, França, 2018, 137min). 14 anos.