Johnny Depp tinha 40 anos quando estreou o primeiro Piratas do Caribe. Em sua quinta incursão na rentabilíssima cinessérie, Depp, prestes a completar 54, continua um ótimo e versátil ator, porém já não estoura nas bilheterias como no passado. A providência dos produtores da franquia, então, foi chamar atores jovens para protagonizar, com ele, Piratas do Caribe — A Vingança de Salazar. Há uma ponta de Paul McCartney, mas o ex-beatle quase entra mudo e sai calado. A salada visual, repleta de efeitos especiais caprichados, tem aborrecidas cenas noturnas, compensadas pelo bom e velho humor de Jack Sparrow, o pirata beberrão e amoral. O frescor chega através de Henry (Brenton Thwaites), filho de Will Turner (Orlando Bloom), em busca do tridente de Poseidon para livrar o pai de um feitiço. Para dar romantismo à trama, entra em cena uma astrônoma acusada de bruxaria (Kaya Scodelario), que também vive na cola de Sparrow. O corsário ainda está na mira do vilão Salazar (papel do espanhol Javier Bardem), outro fantasma à procura de reverter uma maldição. São muitos personagens e vários conflitos. Embora seja superior ao filme anterior (Piratas do Caribe — Navegando em Águas Misteriosas), o novo longa-metragem cai na mesmice da superprodução de ação, mas, surpresa!, diferencia-se pelo tom sentimental familiar. Direção: Joachim Ronning e Espen Sandberg (Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales, EUA, 2017, 129min). 12 anos.