Rei Arthur — A Lenda da Espada
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Para quem acha que já viu este filme, há uma boa notícia: o diretor Guy Ritchie oferece uma visão diferente da conhecida história. Mas isso não significa que Rei Arthur — A Lenda da Espada tenha um bom resultado. O início já causa estranheza com uma cena de elefantes gigantes aproximando-se do castelo dos irmãos Vortigern (Jude Law) e Uther (Eric Bana). Movida a efeitos visuais grandiosos (e muitas vezes confusos), a trama logo ganha aspectos de uma tragédia shakespeariana quando Vortigern dá um jeito de “despachar” a família do mano e tomar o poder. Um bebê, porém, é levado pelas águas de um rio a um pobre vilarejo e, já adulto, torna-se um lutador de corpo sarado. Arthur, interpretado por Charlie Hunnam (foto), descobre, então, ser herdeiro do trono e vai lutar por seus direitos. O inconfundível estilo do realizador (Rock’n’Rolla, Sherlock Holmes) está nos flashbacks de montagem aceleradíssima e no típico humor inglês (há até a participação-relâmpago do jogador David Beckham). Com tantos elementos visuais e históricos, a mistureba, contudo, não empolga nem funciona a contento. Direção: Guy Ritchie (King Arthur: Legend of the Sword, EUA, 2017, 126min). 14 anos.