Shaun, O Carneiro
- Direção: Mark Burton e Richard Starzak
- Duração: 85 minutos
- País: Inglaterra
- Ano: 2015
Resenha por Tiago Faria
Os desenhos do estúdio inglês Aardman são alternativas certeiras para fãs de animação um pouco cansados do padrão Disney. Desde Wallace & Gromit, passando pelos fabulosos A Fuga das Galinhas e Piratas Pirados!, a produtora de fitas de massinha segue teimosamente na contramão das superproduções do gênero. Nesta adaptação do seriado de TV exibido pela Cultura, a ousadia vem em dobro: além de trazer uma técnica démodé, não há um único diálogo nos 85 minutos de narrativa. E o público, vidrado nas sacadas hilariantes da trama, provavelmente não vai se importar com esse “detalhe”. Embora possam estranhar o formato econômico, as crianças não encontrarão dificuldade para embarcar na aventura de um intrépido carneiro junto de um rebanho atrapalhado à solta nas ruas de uma metrópole. A confusão começa quando Shaun, aborrecido com uma rotina cada vez mais repetitiva, tem a ideia de pregar uma peça no “patrão”. O plano dá errado, e o dono vai parar em um hospital na cidade grande, sem memória. As reviravoltas malucas do resgate ganham ritmo acelerado, temperadas com gags espertas sobre as futilidades do mundo dos famosos. Ironias bem inglesas, é claro. Mas sem perder a leveza de uma graciosa sessão-pipoca. Estreou em 3/9/2015.