World Press Photo
Resenha por Rafael Teixeira
Em sua 58ª edição, a coletiva é fruto de uma renomada premiação internacional dedicada ao melhor da produção fotojornalística de cada ano. Foram reunidos 145 trabalhos de 41 profissionais oriundos de dezessete países. O acervo, mais uma vez um deleite para apreciadores de fotografia, vai de imagens essencialmente noticiosas, dotadas de enorme senso de urgência, a registros nos quais o apuro estético é resultado de uma concepção mais demorada. Na primeira ala estão, por exemplo, retratos de recentes conflitos em Kiev, capital da Ucrânia, feitos pelo francês Jérôme Sessini. Nem um pouco violenta, mas também notável pelo flagrante que capturou, é a foto do chinês Bao Tailiang em que o craque argentino Lionel Messi aparece olhando fixamente para a taça da Copa do Mundo, na cerimônia de premiação, logo após perdê-la para a campeã Alemanha. Da segunda leva, chamam atenção as inacreditáveis fotos do americano Anand Varma, publicadas na revista National Geographic, com formigas que parecem saídas de um filme de terror servindo de hospedeiros para invasores parasitas. Em escala oposta, imagens feitas a 150 metros de altitude pelo polonês Kacper Kowalski convidam à admiração da forma antes mesmo que se entenda seu conteúdo — caso do enquadramento de um lago cercado por vegetação de colorido exuberante.