Brad Pitt foi cogitado para o papel principal, mas aparece em Z — A Cidade Perdida apenas como produtor executivo. Em cartaz como Rei Arthur, Charlie Hunnam (à esq. na foto) é o protagonista de uma história real, ambientada no início do século XX. Ele surge como o coronel Fawcett, destacado pelo Exército britânico para uma missão espinhosa: demarcar as terras na fronteira entre Brasil e Bolívia. Acompanhado de um índio escravizado e de um guia (papel anêmico para Robert Pattinson), Fawcett vai topar com adversidades na selva amazônica. No caminho, descobre que, por lá, pode existir uma cidade perdida. Com tantos filmes atuais movidos a efeitos visuais, é muito bom encontrar algo feito na raça, com os atores sentindo na pele as intempéries nas filmagens. Isso dá autenticidade a um épico ambicioso e imperfeito. Embora com caprichada produção de época, o filme, assim como a jornada de Fawcett, é problemático, e sofre com o ritmo engasgado e com bruscas passagens do tempo. Direção: James Gray (The Lost City of Z, EUA, 2016, 141min). 14 anos.