A morte do jornalista Artur Xexéo aos 69 anos, no último domingo (27), pegou amigos, fãs e colegas de trabalho de surpresa.
Xexéo havia descoberto um linfoma quinze dias antes e, na última sexta (25), sofreu uma parada cardiorrespiratória. Colunista do jornal O Globo e comentarista da Rádio CBN e da GloboNews, ele foi uma das grandes referências em jornalismo cultural no país.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui
Em 2010, o carioca que cativava os leitores com suas perspicazes crônicas se transformou em dramaturgo de sucesso. São dele textos de musicais como A Cor Púrpura e Xanadu (versões dos sucessos da Broadway), Minha Vida Daria um Bolero, Nós Sempre Teremos Parise A Garota do Biquíni Vermelho.
+ Chico Buarque parte para o contra-ataque a perfil que divulgou fake news sobre ele
Xexéo deixou diversos projetos inacabados, a exemplo da biografia do autor de novelas Gilberto Braga, que seria lançada pela editora Intrínseca. No teatro, ele trabalhava, ao lado do ator e diretor tadeu Aguiar, na adaptação de quatro espetáculos americanos: Os Rapazes da Banda, Memphis, Mack and Mabel e American Son (este último virou um filme da Netflix, que estreou em 2019).
+ Clodovil é retratado sem redenções em espetáculo na Gávea
Aguiar pretende dar sequência a esses projetos e, inclusive, vai levar aos palcos, no final do ano, a peça 19 Maneiras de Dizer Eu Te Amo, a última parceria finalizada com Xexéo. Em maio, a estreia ocorreu on-line.
Com outro parceiro profissional, o produtor teatral Eduardo Barata, o jornalista e dramaturgo matutava um espetáculo baseado em canções italianas, que seria estrelado por Françoise Forton, esposa de Barata.
+ Clarice Niskier: “Quero estar no palco até o último dia da minha vida”
Já com a supervisão de Miguel Falabella, Xexéo produzia o roteiro de uma cinebiografia da atriz Bibi Ferreira (1922-2019). Falabella dirigiu a versão brasileira de Xanadu e estrelou e dirigiu o seriado Pé na Cova, que tinha Xexéo como um dos roteiristas.