E aí? Gostou? Depois de 100 dias de exibição, chega ao fim nesta terça (4) a 21ª edição do Big Brother Brasil. Camilla de Lucas, Fiuk e Juliette disputam o prêmio de 1,5 milhão de reais e, como de praxe, os outros jogadores estarão presentes ao derradeiro programa (prevemos alguns climões). Todos menos Arcrebiano, que já se enrabichou em outro reality da Globo e está gravando o “No Limite”. Além de aplaudir o vencedor (ou vencedora, já que Juliette é apontada como favorita), Karol Conká, Pocah, Projota e Rodolffo vão cantar para entreter a noite, que começa às 22h45 e promete ser longa. Veja motivos para torcer (ou não) para cada um dos três finalistas:
JULIETTE
Por que merece ganhar – Vítima de comentários xenofóbicos logo no início do programa, a paraibana soube se impor e não se fez de coitadinha em momento algum – nem quando soube que fora votada por Sarah, amiga de primeira hora (até rolou um climinha entre as duas numa festa). Seus olhos ficaram marejados quando a brasiliense assumiu que havia, sim optado por tentar levá-la ao paredão. Mas Juliette não chorou – até porque, ela explicou em outro momento, “pode borrar a maquiagem”. Senso de humor e de justiça, solidariedade, carisma: Juliette reúne qualidades que a credenciam como favorita. Não por acaso, é recordista em popularidade no Instagram, onde chegou a 23,6 milhões de seguidores.
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Por que pode perder – Autorreferente demais, não foram poucas as vezes em que ela se colocou no centro de questões que vinham sendo debatidas por outros participantes. Querer sempre ser o foco das atenções a transformou numa pessoa cansativa – para não dizer chata. Seu lado “palestrinha” se impôs em vários momentos, e nem sempre o pessoal da casa (nem os espectadores) tinha paciência para as suas “aulas”. Fora o hábito de questionar e cobrar posicionamento dos outros confinados. Ela é legal? É. Mas às vezes cansa.
FIUK
Por que merece ganhar: Fiuk mostrou ser um “macho sensível”, sem preconceitos. Ao demostrar sua emotividade e uma extrema capacidade de ser afetuoso, trouxe leveza para a casa e era um porto seguro para os participantes que queriam um colo, um cafuné. E ele fazia isso sem que parecesse forçado. Sedutor, flertou com Gil e com Juliette, mas chorou de arrependimento (e vergonha) ao se enroscar com Thais embaixo do edredom. Aos poucos, Fiuk foi tirando o ranço que muita gente sentia por ele. Bastou relaxar e ser ele mesmo – o que deveria ter feito desde o primeiro dia.
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Por que pode perder: Ok. Sofrer bullying no colégio pode trazer muito sofrimento. Ninguém merece. Mas, ao contar as dificuldades por que passou no ambiente escolar às vésperas de um paredão, deu aos espectadores uma sensação de que queria se fazer de coitadinho. Nada, no entanto, supera a cara de pau do cantor ao dizer que sua família passa por dificuldades financeiras, e por isso, ele mereceria vencer. Até papai Fabio Junior ficou revolts, e fotos de Fiuk sentado no capô de um carrão, com um casarão atrás, viralizaram nas redes.
CAMILLA DE LUCAS
Por que merece ganhar: Discreta, Camilla soube usar da boa e velha estratégia de “não falar demais” no início do jogo – conselho, aliás, que deu para mais de um participante. Foi uma espécie de “bombeira” dentro da casa, apagando incêndios e dando apoio moral aos colegas, quando percebia que estavam fragilizados ou sendo vítimas de injustiça. Longe de ser “isentona”, mostrou que, se a briga for boa, ela compra: peitou Karol Conká quando a maioria da casa ainda temia as reações agressivas da cantora. “Você quer jogar uma pessoa contra a outra, só que eu sou Camilla de Lucas, não sou idiota. Você pode ser a Karol Conká ‘braba’ lá fora, mas tem outra ‘braba’ aqui dentro”, disse, num momento marcante do programa. Também se posicionou com firmeza em apoio a João Luiz no episódio de racismo sofrido por ele.
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Por que pode perder: Demorou a engrenar. Nas primeiras semanas de programa, sua presença quase não foi percebida pelos espectadores, tanto que recebeu o apelido pouco lisonjeiro de “planta”. Seria Camilla uma baita de uma vaselina, em cima do muro? Muita gente pensava assim, até ela começar a se soltar – e o “turning point” foi o bate-boca com Karol. A representante de Nova Iguaçu também conseguiu a proeza de não ser líder nenhuma vez ao longo de todo o programa, o que, se por um lado denota certa displicência nas provas, por outro, é até admirável que tenha chegado aonde chegou na base da raça. X da questão: Camilla demorou para abalar.
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