Terminou sem acordo a audiência de conciliação do processo que o cantor Chico Buarque move contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro por uso indevido da música “Roda Viva” em uma postagem nas redes sociais. A sessão virtual foi nesta quinta (3), no 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Lagoa, presidida pela juíza Keyla Blank de Cnop. Sem acordo entre as partes, é ela que deverá decidir se a música do cantor foi usada indevidamente e, caso concorde com a tese, determinar o valor da indenização cabível. A próxima audiência está marcada para o dia 23, quando a sentença deverá ser lida.
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Na ação em curso, protocolada pelo advogado João Tancredo, Chico Buarque pede indenização de 48 mil reais e publicação da sentença condenatória na mesma rede social. Em dezembro passado, o cantor conseguiu a chamada antecipação de tutela e foi atendido no pedido para que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro retirasse a música da postagem em que ela foi usada.
Karina de Paula Kufa, advogada que representa o deputado federal, disse ao portal G1 que “a audiência transcorreu bem, de forma muito cordial”, e que “não houve conciliação”. O escritório de João Tancredo informou que não iria se manifestar e aguardaria o resultado da sentença.
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Em novembro do ano passado, no mesmo processo, o cantor teve duas ações negadas pela juíza substituta Monica Ribeiro Teixeira, que atuava na comarca, sob a justificativa de que o pedido seria indeferido por falta de comprovação de autoria de “Roda Viva”. A música foi composta em 1967 e apresentada ao público no 3º Festival da Música Popular Brasileira, que só aceitava canções originais e inéditas. No ano seguinte, ela inspirou peça teatral homônima de Chico Buarque, encenada pelo Teatro Oficina, de José Celso Martinez Corrêa.