Mototaxista Diego Mendes se destaca como o carioca do ano em Cidadania

Ele, que ajudou a salvar um menino de 8 anos que havia perdido um dos braços em acidente de ônibus, rejeita título de herói: “O que fiz tinha que ser feito”

Por Paula Autran, Marcela Capobianco, Pedro Landim, Renata Magalhães
20 dez 2024, 06h09
Diego Mendes
Diego Mendes: 'Missão cumprida' (Daniela Dacorso/Divulgação)
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Sem poderes sobrenaturais, mas com ímpeto para fazer o bem, o mototaxista Diego Mendes, 32 anos, revelou-se um herói na noite de 6 de setembro. Num mês especialmente apertado de dinheiro, em que o batente começava de manhã bem cedo, com pausa apenas para o almoço, ele tinha acabado de deixar sua última passageira nas bandas do Pavilhão de São Cristóvão, por volta das 22h, quando percebeu que um ônibus havia tombado. Apesar de morar logo ali, correu para ver como poderia ajudar.

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Foi aí que se desenrolou uma cena comovente: um menino de 8 anos caminhou em sua direção com o braço direito decepado. Era Davi Geovane Guimarães. “Eu sabia que tinha que tirar ele de lá, fazer alguma coisa”, conta Diego, que conduziu o garoto e sua mãe na garupa da moto até o hospital. Ao voltar ao local do acidente para tentar achar a cachorra da família, acabou encontrando o bracinho de Davi, que entregou aos bombeiros e, felizmente, pôde ser reimplantado.

Pai de Aylla, 3 anos, e de Sofia, 7, Diego conta que pensava nas filhas ao testemunhar o menino naquela situação, cena que não lhe sai da cabeça. “Conheço bem o Rio, mas na hora me deu um branco: não conseguia nem lembrar onde tinha um hospital. Parece que fui guiado ao lugar certo”, lembra o carioca, que teve na moto, seu inseparável instrumento de trabalho, um trunfo para ser rápido em meio às arapucas do trânsito. Ele, que já deu expediente em quartel, cozinha e agência de viagens, rememora com intensa alegria o dia em que visitou Davi, com o braço reimplantado, em tratamento para recuperar os movimentos.

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Embora tenha recebido uma moção na Câmara dos Vereadores que ressalta sua “atitude humanitária e explícita demonstração de desprendimento e amor ao próximo”, Diego enfatiza que não vê heroísmo no feito daquela noite. “Não me olho dessa forma. O que fiz tinha que ser feito. Missão cumprida.” E que missão!

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Cariocas do Ano 2024 é promovido pela VEJA Rio com apoio da Prefeitura do Rio, Secretaria Municipal de Turismo do Rio e Brasil Surfe Clube, parceria do Roxy Dinner Show e fornecedor oficial Salton.

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