Luiz Zerbini é o carioca do ano nas artes plásticas

Na magistral retrospectiva que ficou em cartaz no CCBB por três meses, mais de 80 000 pessoas puderam apreciar obras de um dos expoentes da Geração 80

Por Paula Autran, Marcela Capobianco, Pedro Landim, Renata Magalhães
Atualizado em 20 dez 2024, 10h26 - Publicado em 20 dez 2024, 06h16
Luiz Zerbini
Luiz Zerbini: nascido em São Paulo, ele diz ter encontrado aqui as paisagens que sempre retratou em suas pinturas (Eduardo Ortega/Divulgação)
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É bem verdade que Luiz Zerbini nasceu em São Paulo, onde começou logo cedo a estudar arte. Na juventude, uniu-se à trupe teatral carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone como cenógrafo e, em 1982, decidiu cruzar a ponte aérea de forma definitiva, sem passagem de volta, após se apaixonar por uma carioca — a atriz Regina Casé, mãe de sua filha mais velha, Benedita.

“Encontrei aqui as paisagens que sempre retratei em minhas pinturas”, conta ele, que apresentou este ano no CCBB uma extraordinária retrospectiva. Entre julho e setembro, a exposição Paisagens Ruminadas atraiu mais de 80 000 pessoas, que puderam mergulhar nas engrenagens criativas de Zerbini, definido por ele próprio como algo “caótico”.

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“Misturo muitas ideias ao mesmo tempo e fico ruminando cenários, pensamentos e memórias, tal qual uma vaca no pasto olhando para o horizonte”, descreve. Dentre as 140 obras em exibição, algumas nunca haviam sido trazidas aos holofotes, enquanto outras até mesmo o artista, de 65 anos, não via há décadas. “Foi bom para poder fazer as pazes com algumas delas”, relata, referindo-se especialmente aos autorretratos, que guardam lembranças de distintas épocas de sua vida.

Expoente da chamada Geração 80, como ficou conhecida a turma de artistas que despontou no Brasil pós-ditadura militar, Zerbini é apreciado pelas cores vibrantes com as quais povoa telas de grande escala. Ainda em 2024, ele mostrou o resultado de suas mais recentes experimentações na mostra Pedra, Metal e Madeira, na galeria Maneco Müller (ex-Multiplo), em que expôs cerca de vinte obras realizadas na última década, entre gravuras em metal, litogravuras e monotipias.

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“Investi a vida inteira para chegar aonde estou. Agora, como um artista reconhecido, tenho a oportunidade de fazer o que sempre quis e vou seguir neste caminho de experimentar, que é o que me mantém trabalhando”, garante ele, que conta estar cada vez mais caseiro, passando muitas horas na casa-­ateliê da Gávea. Quando dá suas voltas, gosta de flanar pelo Centro, onde bate ponto na feira da Praça XV, e de visitar o Jardim Botânico para observar o verde, tão em destaque em seus quadros. “É triste ver tanta degradação e tudo pegando fogo, mas vou sempre lutar pela natureza, com as armas que tenho”, fala, agitando bandeira. E vivam os pincéis.

Cariocas do Ano 2024 é promovido pela VEJA Rio com apoio da Prefeitura do Rio, Secretaria Municipal de Turismo do Rio e Brasil Surfe Clube, parceria do Roxy Dinner Show e fornecedor oficial Salton.

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