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Projeto de Rafa Lins oferece aulas de vôlei e bolsas de estudo a jovens

Ação comandada por ex-atleta profissional acaba de completar um ano no Leblon. A meta é que sejam futuramente oferecidas bolsas em faculdades aos alunos

Por Renata Magalhães
Atualizado em 21 jul 2023, 13h02 - Publicado em 21 jul 2023, 06h00
Atitude transformadora: está à frente do projeto Quadras do Futuro, que oferece aulas de vôlei e bolsas de estudo para jovens
Atitude transformadora: está à frente do projeto Quadras do Futuro, que oferece aulas de vôlei e bolsas de estudo para jovens (Leo Lemos/Divulgação)
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No fim da pandemia, quando deixou de lado a gestão de restaurantes e virou auxiliar técnico do time feminino de vôlei de praia do Canadá, o ex-atleta profissional Rafa Lins, 40 anos, decidiu desengavetar um sonho antigo: retribuir tudo que o esporte havia lhe trazido de positivo. Morador do Leblon e frequentador da rede do Posto 11 há quase três décadas, ele começou então a bolar uma ação social voltada para crianças carentes. Logo a estrutura estava pronta, só que ainda faltava a verba para os professores.

“Pensei em esperar até conseguirmos um patrocínio, mas sabia que aquele era o momento certo e passei a dar as aulas”, lembra o carioca, formado nas divisões de base do Flamengo e vice-­campeão europeu. Era o começo do projeto Quadras do Futuro, que acaba de completar um ano. Hoje, eles recebem quarenta jovens entre 10 e 17 anos do Vidigal, que batem bola de segunda a quinta nas areias do Leblon. “Queremos pegar as habilidades desenvolvidas com o vôlei, como disciplina, respeito e resiliência, e fazer com que apliquem em outras áreas das suas vidas”, diz Rafa.

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“O esporte é capaz de criar oportunidades que não existiriam de outra forma”

Concebido junto com o Instituto da Criança, responsável pela gestão administrativa e financeira, a ideia conquistou parcerias que fizeram toda a diferença. A rede Hortifruti fornece os lanches oferecidos nos treinos, enquanto o Grupo Eleva e um curso de inglês doaram bolsas de estudos para os alunos mais dedicados. “Para a seleção, criamos um sistema baseado, em primeiro lugar, no desempenho e na frequência escolar, depois na evolução esportiva e no comportamento nos treinos”, explica o técnico, que ainda disponibiliza o playground do seu prédio toda sexta-­feira para aulas de reforço escolar com professores voluntários.

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A meta é que, até 2024, sejam oferecidas também bolsas em faculdades, e a ação social tenha pelo menos mais um núcleo (em Niterói ou na Rocinha), alcançando 100 crianças. “O esporte é capaz de criar oportunidades que não existiriam de outra forma”, celebra o ex-­atleta, que escolheu o nome do projeto apostando nas quadras como uma metáfora para os diversos campos onde esses jovens terão que competir ao longo da vida.

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