“Saudade, amor, que saudade! / Que me vira pelo avesso / E revira meu avesso / Puseram a faca em meu peito / Mas quem disse que eu te esqueço.” Os versos compostos pela grande dama do samba Dona Ivone Lara, que completaria 100 anos neste mês, ecoam atualíssimos dentro dos barracões das escolas. Há mais de dois anos sem pisar na Avenida, desde os desfiles de 2020, realizados dias antes de o vírus da Covid-19 grassar por estas bandas, as agremiações sonham com a hora de atravessar a Avenida novamente.
Foram muitas as barreiras impostas pela pandemia no mundo do samba, mas o maior show da terra finalmente regressa a seu palco de origem. “Não conheço nenhum Carnaval que não seja de superação. Mas este será o da ressurreição”, analisa o historiador e escritor Luiz Antonio Simas, um dos entrevistados para a reportagem de capa desta edição da Vejinha, sobre a emoção e as expectativas para a folia fora de época no Sambódromo.
Graças ao avanço da vacinação e ao controle da pandemia, essa sensação de liberdade começa, de fato, a reverberar pela cidade em várias esferas. Calouros mais que veteranos, que até então só tinham assistido às aulas de forma virtual, enfim experimentaram o gostinho da vida no câmpus com o retorno às atividades presenciais nas universidades.
Nos eventos, grandes mostras e festivais, como a CasaCor e o Rio2C, voltam a aquecer a agenda dos cariocas, apresentando tendências que vão da decoração à música. Bons programas não faltam nas páginas a seguir. Boa leitura.
Fernanda Thedim
Editora-chefe
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