Uma denúncia levou a Polícia Federal a desmontar nesta quinta-feira um cassino que funcionava dentro do espaço Mais Brasil, camarote no Setor 5 do Sambódromo. A grande questão, neste caso, é se as máquinas caça-níquel eram verdadeiras, e se havia aposta a dinheiro nas mesas de roleta e de pôquer. Os dois casos configuram a prática de infrações penais.
O que mais intriga a PF (e a todos) é que nada foi feito às escuras: no site de vendas de ingresso para o camarote, ele se apresenta como “um espaço no puro estilo dos cassinos ao redor do mundo, em que os seletos clientes poderão jogar nas mesas de roleta, black jack, poker (com o 1º torneio de pôquer do carnaval carioca), além das slot machines (caça-níqueis) originais, vindas de Las Vegas”. As seis máquinas caça-níquel apreendidas pela Polícia Federal serão periciadas nos próximos dias: se forem cenográficas, não configura nenhuma infração. Imagens das câmeras de segurança também serão analisadas para observar se havia dinheiro envolvido nos jogos. Alexis de Vaulx, sócio-diretor da Incentivo Brasil, responsável pelo camarote, afirmou que não havia apostas e garantiu que o espaço vai funcionar de novo no sábado, no Desfile das Campeãs.
Especialistas consultados por VEJA RIO garantem que a simples propaganda do cassino dentro do camarote já justificaria a instauração de um inquérito policial. “É proibido. Seria mais ou menos como fazer propaganda de um homicídio. Isso pode? Não, não pode”, afirma um dos advogados consultados por VEJA RIO.