Continua após publicidade

Testar cosméticos ainda pode? O que mudou? Um papo com a CEO da Sephora

Em entrevista a VEJA RIO, Andrea Orcioli fala sobre o mercado da beleza e conta como fica a interação cliente-produtos em tempos de pandemia

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 23 out 2020, 18h01 - Publicado em 23 out 2020, 17h20
Andrea Orcioli: "Cariocas demonstram avidez por uma beleza mais natural", diz a CEO da Sephora no Brasil  (Sephora/Divulgação)
Continua após publicidade

Lembra quando você ia a uma loja de cosméticos e experimentava blushes, batons e outras maquiagens? Tomara que lembre, porque depois da pandemia do coronavírus, esse é um hábito que deve ficar restrito à memória por um bom tempo. De março para cá, estabelecimentos especializados em produtos de beleza vêm passando por muitas transformações para se adaptar às recomendações da Organização Mundial da Saúde – a Sephora, gigante de produtos de beleza do mundo, que o diga.

O que dizem as cores do vinho

Adquirida em 1997 pela LVMH Moët Henessy Louis Vuitton, maior conglomerado de luxo do planeta, a empresa teve que se adaptar rapidamente à nova ordem mundial, e é nessa nova pegada que inaugura dois pontos de venda no Rio (Rio Design Barra e Rio Design Leblon). Cariocas são um público muito específico nesta área e, para falar sobre esse panorama, VEJA RIO fez a seguinte entrevista com a CEO da Sephora no Brasil, Andrea Orcioli:

Como a pandemia influenciou o mercado de produtos de beleza no país? O cenário de pandemia fez com que as pessoas se conectassem ainda mais com rituais de autocuidado, que foram incorporados à rotina de forma espontânea, uma vez que os períodos de permanência em casa se tornaram mais extensos. A conexão com hábitos mais profundos despertou a autonomia nas pessoas, que também estão mais interessadas em gadgets para a execução de massagens e drenagens. O ‘faça você mesmo’ nunca esteve tão em evidência.

Metrô do Rio convida artistas para sinalizar vagões femininos

Continua após a publicidade

Como fica o atendimento personalizado e a interação entre cliente e vendedor e a testagem de produtos, diante das recomendações da Organização Mundial da Saúde? A interação entre os funcionários e os clientes é uma característica forte do nosso modelo de serviço. Durante a pandemia, repensamos o protocolo de uso dos testers (produtos disponíveis para serem testados) em nossos pontos de venda, segundo as recomendações da OMS. Lançamos mão justamente dos recursos que nossos colaboradores podem oferecer ao público final. De uns tempos para cá, o uso dos testers e manuseio só pode ser realizado pelos funcionários.

‘Agredir a Lapa não vai tornar o Leblon um lugar melhor’, diz empresário

Como os funcionários fazem agora? Mantendo-se à distância do cliente, com as mãos já higienizadas, eles retiram amostras dos produtos com aplicadores de acetato, que são oferecidos ao cliente e descartados ao final do atendimento. O processo é realizado com segurança e permite que o cliente possa experimentar e conhecer melhor as texturas e acabamentos, sem ter contato direto com os produtos.

Continua após a publicidade

Pretinho da Serrinha denuncia preconceito em laboratório; dona se defende

Qual é o novo normal, para usar um clichê destes novos tempos, no mundo dos cosméticos? O novo normal indica que o conceito de beleza no mundo dos cosméticos está cada vez mais distante de seu sentido literal. Com a pandemia, a beleza passou a estar ainda mais atrelada à saúde e ao bem-estar e não somente a preceitos estéticos. O público vem cultivando um anseio por produtos de qualidade, que tragam autoestima aliada à vitalidade e está cada vez mais atento à transparência nos componentes e processos de produção dos produtos.

+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Quando se fala em Rio de Janeiro, que tipo de produto é mais procurado por aqui? É correta a afirmação de que cariocas usam menos maquiagem do que em outras partes do país? Os consumidores cariocas, sem dúvida, demonstram avidez por uma beleza mais natural. Eles têm preferência por makes com acabamento mais suave e apostam em bases mais leves e em bronzeadores com partículas de brilho, para criar um efeito sun kissed. Em relação a São Paulo, a saída de protetores solares para rosto e corpo no Rio é maior por uma questão geográfica e climática. Produtos à prova d’água, como máscara de cílios, bases e batom também são muito procurados pelo público do Rio, que pratica muita atividade física e frequenta assiduamente as praias da cidade. Esse estilo de vida também desperta nas consumidoras a necessidade de se ter produtos para cabelos que sejam práticos e multifuncionais, para garantir a saúde dos fios.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.