‘Abriram a porteira, agora tem que aturar’. Foi assim, pegando um solzinho na orla, que o aposentado René Azevedo, de 78 anos, definiu seu sentimento em relação à corrida dos cariocas para a praia logo no primeiro dia de redução das medidas de isolamento social, anunciadas nesta segunda-feira (1) pelo prefeito Marcelo Crivella. Um dia depois de a cidade ultrapassar a marca dos 30 mil infectado e 3.670 mortes pelo coronavírus, René “tirava o mofo”, segundo suas próprias palavras, perto da pedra do Arpoador – o que continua proibido, pelo menos nesta primeira fase de reabertura. No que diz respeito às praias, por enquanto, de acordo com o decreto de Crivella, estão liberadas apenas a prática de esportes individuais no mar e de atividade físicas no calçadão.
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Não era o caso de René, que faz parte do grupo de risco, e não praticava atividade esportiva alguma. Ele saiu de casa, em Copacabana, para pegar sol (“Ah, o que é que há? Que mal pode fazer?”), assim como pelo menos duas dezenas de pessoas que estavam nas proximidades. Famílias inteiras, com crianças e cachorros, correram para as areias e para os calçadões, em busca do sol perdido em mais de dois meses de isolamento.
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Policiais Militares acompanhavam toda a movimentação à distância e não faziam nenhum trabalho de conscientização entre as pessoas que descumpriam o decreto. A previsão do tempo para este fim de semana é de sol, o que deve levar uma quantidade muito maior de cariocas às praias. Procurada por VEJA RIO para explicar como será feito o trabalho de fiscalização na orla durante esta primeira fase de reabertura, a PM não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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