Agora não é mais ilegal. Proibida por decreto desde o início de junho, a permanência nas areias da orla, que já vinha acontecendo na prática, foi oficialmente liberada nesta terça (3) pelo prefeito Marcelo Crivella. Em entrevista coletiva (sem máscara, que ainda é de uso obrigatório segundo decreto assinado pelo próprio e passível de multa de R$ 107), ele anunciou que a venda de bebidas alcoólicas, o aluguel de barracas e cadeiras e a prática de esportes coletivos nas praias da cidade também estão permitidos, apesar de ter afirmado o contrário em julho passado: Coronavírus: ‘Praias ficam proibidas até sair a vacina’, diz Crivella
No início da coletiva, o prefeito comemorou a queda na média móvel de contaminação no município e também o fato de que o coronavírus “matou menos que o esperado no Rio” pela Fiocruz – a projeção era de 3% da população vitimada pela Covid-19. Segundo Crivella, com as medidas tomadas e os equipamentos comprados durante a sua gestão, esse número foi “quase 20 vezes menor”, com cerca de 10 mil óbitos (na verdade, foram 12 140, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda, 2 de novembro). “Tivemos controle na primeira onda de contaminação, aqui não haverá uma segunda, ao contrário do que vem acontecendo nos países que decretaram lockdown”, disse.
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Outras mudança anunciadas nesta terça (3), com o fim do faseamento da flexibilização das atividades e o início do que a prefeitura vem chamando de “Período conservador”: medidas de afastamento social foram reduzidas (espaçamento entre mesas e cadeiras nos restaurantes, por exemplo, passaram de 2 metros para 1,5 metro); permissão para o serviço self-service em lanchonetes, bares e restaurantes da cidade; pistas de dança liberadas em boates e casas de shows; comércio com horário totalmente livre para funcionar. “Temos a Black Friday e o Natal”, enfatizou o prefeito. A nova fase autoriza também a volta às aulas de todas as séries das escolas e creches privadas; a reabertura da rede municipal será voluntária, e colégios devem consultar pais e professores
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A menos de 15 dias das eleições, Crivella, candidato a um segundo mandato, defendeu a retomada da economia e se disse “extremamente preocupado com o desemprego e a inadimplência”. O prefeito anunciou um pacote de reduções de impostos (como o IPTU), e de isenções de taxas para comerciantes. Ele também disse que fará um projeto de lei para que haja parcelamento das dívidas do comércio, um dos setores mais prejudicados pela pandemia do coronavírus.