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Coronavírus: Crivella muda o tom e agora diz que momento ‘é preocupante’

Com 85% dos leitos de UTI ocupados, prefeito pede parceria com governo federal e anuncia: não vai liberar mais "absolutamente nada" nos próximos dias

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 18 set 2020, 19h11 - Publicado em 18 set 2020, 18h58
Pronunciamento: observado pelo superintendente da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, o prefeito Marcelo Crivella fala à imprensa na tarde desta sexta (18)  (Youtube/Reprodução)
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O clima de comemoração demonstrado pelo prefeito Marcelo Crivella e sua equipe nas últimas entrevistas coletivas mudou drasticamente nesta sexta (18). Os muitos “Graças a Deus” por conta de números que, dependendo do método de levantamento, mostravam queda na mortalidade pela Covid-19, foram substituídos por lamentos e afirmações pouco otimistas em relação ao cenário atual da pandemia no Rio. “Estamos numa fase muito delicada”, disse a secretária de Saúde, Beatriz Busch.

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O panorama preocupante, segundo Busch, tem ligação direta com o recente fechamento de muitos leitos de UTI – cerca de 100 deles foram desativados nos últimos quinze dias. A expectativa era que os números de casos e óbitos pela doença continuassem a cair. Isso não aconteceu e a ocupação desses leitos, exclusivos para pacientes de Covid-19 no município, agora passa de 85%. “Estamos andando de lado e isso não é bom”, disse o prefeito.

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De acordo com Crivella, a prefeitura tenta firmar um convênio com o governo federal para reabrir 95 leitos no Hospital Ronaldo Gazzola, em Acari. “A curva não está caindo como esperávamos”, afirmou. Por conta desse “erro de cálculo”, o prefeito anunciou que não vai liberar mais “absolutamente nada” pelo menos até 1º de outubro, quando está prevista a última fase de flexibilização das atividades no Rio.

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O recado tinha endereço certo: administradores de salas de teatro e cinema da cidade, que pediram a liberação da venda de alimentos e bebidas em seus estabelecimentos – na última segunda (14), um decreto municipal autorizou a volta dessas atividades culturais, mas sem a comercialização de pipocas, balas e refrigerantes. “Os empresários alegaram que sem esse comércio o negócio deles fica inviável economicamente, mas constatamos que ainda não é a hora”, disse o superintendente da Vigilância Sanitária, Flávio Graça.

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O clima era até de certo mau humor em toda a equipe, e ao ser perguntado por um jornalista se teria uma previsão para a volta às aulas, Crivella foi lacônico: “Não, senhor”. E encerrou a entrevista.

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