Dois dias depois da festa de noivado da filha, Alessandra Haegler, no dia 7 de março, o empresário Rafael Fragoso Pires, de 62 anos, internou-se no INCA para tratar de uma leucemia, diagnosticada quatro meses antes. No hospital, testou positivo para Covid-19 e acabou transferido para o IEC (Instituto Estadual do Cérebro, de Paulo Niemeyer), onde acabou morrendo, aos 62 anos, na madrugada deste domingo (17).
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A festa de noivado de Alessandra com Pedro, filho de Maritza e do príncipe Alberto de Orleans e Bragança, se tornou um foco de propagação da doença no Rio antes da imposição das regras de isolamento social. A confraternização, na Rua Peri, no Jardim Botânico, resultou em 37 convidados com sintomas relacionados ao coronavírus, segundo um parente dos noivos ouvido à época. Não há relatos de contaminação entre as pessoas que estavam na festa a trabalho, como garçons, fotógrafos e DJs. Fafa, como Rafael é chamado pelos amigos, é a segunda vítima fatal: em 23 de março, a socialite Mirna Bandeira de Mello morreu no Hospital Samaritano, também por causa da Covid-19. Ainda há um outro convidado internado, em estado grave: Alex Haegler. Avô da noiva (é pai de Bettina Haegler), ele tem 85 anos.
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Apaixonado por cavalos e por sapatos (seu perfil no Instagram exibe fotos em close de seus modelos preferidos), o empresário, sempre lembrado por sua elegância e gentileza – “Um lorde”, como três pessoas próximas se referiram a ele – Fafa foi campeão brasileiro de hipismo e era casado com a decoradora Márcia Müller. Filho do magnata e armador José Carlos Fragoso Pires, era um dos sócios mais antigos e atuantes do Country Club. “Ele vivia lá, era a sua segunda casa”, diz um de seus grandes amigos e parceiro dos pratos de picadinho servidos no clube mais exclusivo do Rio.
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