O dia 26 de fevereiro de 2020 vai ficar para sempre na memória do médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta. Foi exatamente nesta data, “uma Quarta-Feira de Cinzas”, recorda-se, que o Brasil registrou o primeiro caso de contaminação pela Covid-19. O país entrou na rota da pandemia e coube a ele, então ministro da Saúde, a tarefa de ir à TV para confirmar à população: sim, o vírus já circulava entre nós. “Lembro até da roupa que eu estava usando”, disse Mandetta em entrevista ao repórter Edu Carvalho, do site Maré de Notícias.
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Demitido por Jair Bolsonaro em abril de 2020 após um mês de conflitos, o ex-ministro voltou a criticar o negacionismo do presidente: “Quando ele diz que não, que essa doença é uma ‘gripezinha’, ‘toca a vida, toma cloroquina’, faz com que as pessoas falem ‘Ah cara, eu já tenho anticorpos, já peguei e nem senti nada’”. Para o médico, um dos nomes cotados pelo DEM para disputar a corrida presidencial em 2022, fazer com que a imunização em massa saia do campo da teoria e vire realidade é a atitude mais urgente a ser tomada. Seja como e onde for.
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“É possível segurar um pouco se você acelerar, vacinando dentro do Maracanã, Maracanãzinho, no pedágio, na rua. Isso se a gente tiver todas as vacinas. E se não parar, daqui a 15, 20, 30 dias, o Sudeste – que é Rio, Minas, São Paulo e Espírito Santo, ou seja, metade do Brasil – vai estar passando essa situação de calamidade, com pessoas morrendo sem assistência”, afirmou.
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