Há cinco dias, Wilson Witzel foi categórico ao rebater a possibilidade de determinar medidas mais rígidas de isolamento no estado – “Não cogito o lockdown”, afirmou. A taxa crescente de contaminação e mortalidade devido à pandemia do coronavírus, no entanto, está fazendo com que o governador reveja sua posição. O estado do Rio registra hoje 11.721 casos da doença e 1065 mortes – são 582 casos e 46 óbitos em 24 horas. De posse destes dados assustadores, o conselho de experts que assessora o governador fez uma recomendação expressa da necessidade urgente de adotar o lockdown, medida que aumenta as restrições de circulação e é recomendada pela OMS no combate ao avanço do coronavírus.
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Os especialistas aprovam e recomendam o lockdown, assim como o secretário estadual de saúde, Edmar Santos, que já definiu a estratégia como “a única maneira de evitar uma tragédia maior”. Na contramão dos experts, Witzel vem sendo pressionado por alguns setores da indústria e da economia a flexibilizar as medidas de isolamento, e também pelas insistentes falas de Jair Bolsonaro, que o responsabiliza pela crise e pelos empregos perdidos no estado. Segundo uma fonte ouvida por VEJA RIO, “o governador decidirá ainda esta semana se adotará o lockdown ou não. Há muita pressão para ele afrouxar as medidas, o que significa que Witzel terá dificuldade em decretar o isolamento total. Mas ele é mais que necessário”. O prazo para a manutenção, revisão ou endurecimento das atuais restrições adotadas pelo estado expira na próxima segunda-feira (11).
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