Não adiantou a pressão do presidente Jair Bolsonaro por um afrouxamento no isolamento social adotado no Rio desde o último dia 17 de março: o governador Wilson Witzel renovou por mais 15 dias as medidas restritivas no estado para conter a disseminação do novo coronavírus. Em decreto publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (30), além de reiterar decisões já tomadas – como a proibição de festas, jogos de futebol, sessões de cinema, a redução de frotas de ônibus, barcas, trens e metrô, além de recomendar o fechamento de academias e shoppings e o fechamento de bares e restaurantes -, Witzel publicou outras medidas na tentativa de combater o coronavírus no estado e garantir a prestação de serviços à população. Entre elas estão:
A inclusão do álcool gel na cesta básica (Lei 8771 de 23/03/2020);
-A remarcação ou cancelamento de passagens aéreas ou pacotes de viagens sem cobrança de taxa ou multa ao consumidor (Lei 8767 de 23/03/2020);
-A remarcação ou cancelamento da locação de casas de festa ou buffet a pedido do contratante, com a devolução do dinheiro em até 90 dias (Lei 8767 de 23/03/2020);
-A proibição de interrupção de serviços essenciais (fornecimento de água e tratamento de esgoto, gás e luz) por falta de pagamento (Lei 8769 de 23/03/2020);
-A autorização pelo Poder Executivo de requisitar hotéis, pousadas, motéis e demais estabelecimentos de hospedagem para uso em quarentenas, isolamentos e tratamentos médicos não invasivos (Lei 8770 de 23/03/2020).
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No domingo, véspera da assinatura do decreto, o governador usou suas redes sociais para anunciar as medidas que seriam tomadas e criticou, sem mencionar nominalmente, o presidente Jair Bolsonaro. “A minha decisão é baseada na avaliação da OMS e das autoridades sanitárias. Não desafie o coronavírus. Não siga atitudes impensadas e descoladas da realidade”, escreveu Witzel em sua conta no Twitter, veja abaixo: