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Demissões na Mangueira: ‘Fiquei três noites sem dormir’, diz presidente

Crise e indefinição sobre o carnaval de 2021 levam escola a afastar 50 funcionários: 'Não tenho um centavo em caixa', lamenta Elias Riche

Por Cleo Guimarães
22 jul 2020, 12h27
Mangueira: crise gerada pela pandemia do coronavírus afetou fortemente a escola  (Gabriel Nascimento/Riotur)
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Sem receita há quatro meses e nenhuma perspectiva de arrecadação enquanto durar a pandemia do coronavírus, a Mangueira tomou a decisão de demitir nesta terça (21), cerca de 50 funcionários que trabalhavam na quadra e em seu barracão. “É muito triste, mas não tenho como manter os pagamentos em dia”, diz o presidente da escola, Elias Riche.

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Com uma despesa mensal de R$ 117 mil (fora o salário do carnavalesco, Leandro Vieira, que já não vinha recebendo justamente pela falta de verbas), a agremiação não vem encontrando formas de fazer entrar dinheiro em caixa. “Ao contrário das empresas tradicionais e do comércio, não temos Plano B. Tudo num escola de samba é aglomeração, fizemos umas lives, mas só isso não segura”, afirma Elias.

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Além da impossibilidade de promover eventos como forma de arrecadação, a suspensão de uma das grandes fontes de renda da verde e rosa – o pagamento que a Globo faz anualmente às escolas pela transmissão do carnaval seguinte – gerou um rombo no já parco orçamento da escola. Segundo o presidente, o caixa está completamente zerado. “Não temos um centavo, precisamos pensar num dia após o outro para pagar a conta de luz e honrar os compromissos com quem saiu”, afirma.

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