Imagine-se numa aula de pós-graduação em Direito Digital em que seu professor fala coisas como: “Existiam donos de escravos que eram bondosos com seus escravos dentro dos limites da época. Eu, se tivesse escravos, daria condição digna: se um deles estivesse doente, não seria obrigado a trabalhar, eu ia proibir castigos físicos e humilhantes… tentaria me adaptar à época, mas as pessoas vivem dentro de sua época. Então, acho que essa tendência revanchista é muito perigosa porque um dia ela vai se voltar contra nós”. O que você faria ao ouvir isso? Os alunos do Instituto de Tecnologia e Sociedade o denunciaram à direção, e o professor foi afastado.
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As afirmações foram feitas por Edoardo Eugenio Signaud Gonzales durante a aula que ele ministrava no último dia 1º de junho. Sua manifestação de opinião racista levou a instituição a anunciar oficialmente a decisão de afastá-lo. “Vamos expandir as ações que tratam da questão da tecnologia e diversas formas de discriminação, sobretudo racial”, afirmou a direção do curso.
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Edoardo se retratou e disse que pediu desculpas “aos que se sentiram ofendidos por qualquer consideração feita em ambiente acadêmico”. O professor também afirmou ao jornal O Globo que “fez questão” de doar toda a remuneração das aulas a uma instituição que combata o racismo. “Todos que convivem comigo sabem que não sou racista, não compactuo com qualquer forma de discriminação ou discurso de ódio”, escreveu, em nota.
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