Após anos de completo marasmo, fruto de uma crise econômica acentuada pela chegada da pandemia, bons ventos começam a soprar novamente na direção do mercado imobiliário do Rio. Números recém-divulgados mostram que o setor alcançou os maiores índices de negociações de imóveis desde 2014, quando o campo andava aquecido em razão da alta procura gerada pela Copa do Mundo sediada no Brasil.
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É neste novo cenário, impulsionado por taxas de juros baixas e meses de demanda reprimida, que uma empresa de DNA 100% carioca vem se destacando e espalhando sua marca por tapumes que brotam a cada esquina. Fundada em 2017, a Bait entrou de fininho no mercado imobiliário, investindo 10 milhões de reais na aquisição de um terreno em Ipanema, já com um propósito bem definido: imprimir um estilo carioca em seus empreendimentos, valorizando espaços para encontro, relaxamento e prática de atividades físicas, sempre cercados de muito verde.
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“Nós somos nascidos e criados aqui, apaixonados pela cidade, e fazemos prédios em que gostaríamos de morar”, sintetiza, em bom carioquês, o CEO Henrique Blecher, que inaugurou a empresa ao lado dos sócios Amanda Klabin, David Klabin e Eduardo Tkacz.
“Nós somos nascidos e criados aqui, apaixonados pela cidade e fazemos prédios em que gostaríamos de morar”
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Egresso do mercado financeiro, Blecher selou uma série de negócios que foram decisivos para colocar a novata empresa sob os holofotes. Adquiriu o último terreno da Avenida Atlântica, o que possibilitou o primeiro lançamento em quarenta anos de um prédio na orla de Copacabana — as cinquenta unidades foram vendidas em apenas três dias.
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Comprou ainda a antiga clínica do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, em Botafogo, e o prédio do Bingo Arpoador, que dará lugar a duas torres residenciais. “A Bait chega a 2021 com 1,1 bilhão de reais em vendas, 700 milhões somente neste ano, que foi decisivo para nós”, festeja o CEO.
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Na carteira, ainda há trunfos como o imponente Palacete Modesto Leal, em Laranjeiras, hoje escondido pelos muros altos. “Vamos fazer um retrofit nele e devolvê-lo para a rua. Quero aquele jardim aberto para todo mundo, inclusive com um café”, promete Blecher, que acaba de ser eleito vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e vem brigando por melhorias para o mercado imobiliário do Rio. “Nosso foco é investir em empreendimentos em que o carioca tenha orgulho não só de morar mas também de ver em sua cidade.”
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