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Olha o Carnaval aí, gente: escolas de samba anunciam enredos para 2024

Temas como o racismo serão abordados pelas agremiações, que já começam a trabalhar para o desfile do próximo ano

Por Redação
15 Maio 2023, 13h48
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Imperatriz: atual campeã do Carnaval vai no "testamento da cigana Esmeralda" (Marcelo Piu/Prefeitura do Rio/Divulgação)
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Se a cantora Alcione já havia sido anunciada como tema da Estação Primeira de Mangueira, em festa na quadra, as escolas de samba do Grupo Especial apresentam neste mês de maio seus enredos, pontapé inicial para os desfiles em 2024.

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Depois de feijoada na quadra, no último fim de semana, a Beija-Flor apresentou o enredo Um delírio de Carnaval da Maceió de Rás Gonguila, que vai mostrar a cultura popular de Alagoas na Marquês de Sapucaí.

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A Acadêmicos do Grande Rio, por sua vez, terá como enredo Nosso destino é ser onça, que é inspirado no mito tupinambá da criação do mundo, redesenhado pelo escritor Alberto Mussa no livro Meu destino é ser onça. Já a Unidos da Tijuca fez uma festa para anunciar “Um Conto de Fados”, que levará lendas lusitanas à avenida.

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A Imperatriz Leopoldinense vai buscar o bicampeonato com o tema Com a sorte virada pra Lua, segundo o testamento da Cigana Esmeralda. E a Unidos de Viradouro vai à Sapucaí para cantar o enredo Arroboboi, Dangbé, do carnavalesco Tarcísio Zanon. Segundo a escola, o tema aborda a energia do culto ao vodum serpente.

A Vila Isabel anucia que irá desfilar com o enredo Gbalá – Viagem ao Templo da Criação, uma reedição do desfile de 1993, desenvolvido originalmente pelo carnavalesco Oswaldo Jardim. A escola vai ressaltar a importância das crianças para um mundo melhor, levando adiante os valores e ensinamentos depois que o criador adoeceu.

E a Acadêmicos do Salgueiro, do carnavalesco Edson Pereira, vai dar voz aos povos originários com o tema Hutukara, uma luta por valorização, preservação e respeito à Floresta Amazônica. E a Paraíso do Tuiuti vai exaltar João Cândido, o marinheiro que se engajou na luta contra os maus-tratos, no tema Glória ao Almirante Negro, com desenvolvimento do carnavalesco Jack Vasconcelos.

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A Portela também abordará o racismo com Um defeito de cor, enredo baseado no livro de Ana Maria Gonçalves. E a Unidos do Porto da Pedra apresenta Lunário Perpétuo: A profética do saber popular, com o carnavalesco Mauro Quintaes. Fala do almanaque que remete à era medieval, um guia secular para a medicina, agricultura e pecuária.

A Mocidade Independente de Padre Miguel iria lançar seu enredo em sua quadra, no último 10, mas uma decisão judicial suspendeu a festa. Aescola vive um momento delicado: foi a penúltima colocada na apuração deste ano e convive com dívidas, penhoras e bloqueios de verbas decorrentes de processos trabalhistas.

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