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Escultor de Niterói é finalista em prêmio global de arte contemporânea

Thiago Sancho dedicou 17 anos ao balé e, hoje, suas obras executam composições coreográficas de possibilidades infinitas

Por Marcela Capobianco
23 jul 2021, 13h14
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  • Antes de se dedicar às artes plásticas – mais especificamente às esculturas – o niteroiense Thiago Sancho, 36, construiu uma sólida carreira no balé, com mais de 17 anos de trajetória nos palcos. Não à tôa, as peças que ele produz hoje são dotadas de ritmo e movimento, com referências explícitas à dança.

    A escultura Places I’ve Never Been, um corpo-móbile produzido com ferro e gesso, rendeu a Thiago a indicação ao prêmio londrino Ashurst Emerging Artist Prize 2021. Ele concorre na categoria principal e também ao prêmio de escultura.

    Escultura em tons de bege e ferrugem
    Places I’ve Never Been: escultura de Thiago Sancho executa movimentos, como uma dança (Adriano José/Divulgação)

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    O prêmio global de arte contemporânea  é promovido anualmente pelo escritório de advocacia Ashurst, com sede em Londres e filiais em mais de quinze países. A premiação busca revelar e apoiar os principais talentos emergentes, sem distinção de idade e nacionalidade.

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    Thiago, que se divide atualmente entre Chile e Brasil, figura na lista dos trinta artistas emergentes finalistas e tem chances reais de se sagrar vencedor. As obras selecionadas estão expostas na Ashurst Emerging Artist Gallery, na capital inglesa. Os cinco vencedores terão direito a mostras individuais. Os resultados, por categoria, serão divulgados em novembro.

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    “Estou extremamente feliz, especialmente neste momento difícil pelo qual o Brasil passa. Venho de um lugar em que as perspectivas que envolvem o desenvolvimento artístico e cultural são muito escassas. É um privilégio ter a oportunidade de exibir o meu trabalho e representar o meu país em outro continente”, pontua o artista.

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    Interessado pelas formas orgânicas, o niteroiense gosta de esculpir obras a partir de ferro, gesso, tecido, porcelana e resina.

    A escultura selecionada pelo prêmio londrino executa composições coreográficas de possibilidades infinitas. O esboço da estrutura se revela a partir da oxidação do metal em contato com a água. “Na dança o bailarino precisa aquecer o corpo e alongar os músculos. Quando começo uma escultura busco em mim esse lugar do bailarino, sentindo o corpo por dentro para alcançar a forma”, explica.

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    “Girar, torcer, suspender, alongar, ceder à gravidade, os gestos que fizeram parte da minha formação artística estão no meu trabalho de escultor”, complementa Thiago, que compete com artistas da Irlanda, Coreia do Sul, Inglaterra, Japão e Alemanha.

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