Famosa por papeis como o de Maria Tereza, a Tetê – jovem sonhadora que queria da pequena cidade fictícia de Albuquerque, para se tornar Miss Brasil -, protagonista da novela Estúpido Cupido (1976), a atriz Françoise Forton morreu aos 64 anos neste domingo (16), no Rio. Ela tratava de um câncer e estava internada há quatro meses na clínica São Vicente, na Gávea. A doença teria começado na região da bacia da atriz e chegado aos pulmões. O corpo da atriz está sendo velado nesta segunda-feira (17), no Teatro Tablado, no Jardim Botânico, e será cremado no Cemitério da Penitência. Ela deixa o marido, o produtor cultural Eduardo Barata, e o filho, Guilherme Fourton Viotti.
+ Covid-19: veja onde vacinar as crianças a partir desta segunda (17)
Filha de pai francês e mãe brasileira, Françoise era carioca e estreou ainda adolescente na TV. Em mais de cinquenta anos de carreira, fez mais de 40 novelas, além de peças de teatro e filmes. Ela estreou ainda adolescente, em 1969, na novela “A última valsa”, da TV Globo. De lá para cá, também estrelou sucessos como “Bebê a bordo” (1988), “Tieta” (1989), “Meu bem, meu mal (1990), “Perigosas peruas” (1992), “Explode coração” (1995), “O clone” (2001) e “I Love Paraisópolis” (2015). No cinema, participou de longas como “Marcelo Zona Sul” (1970), “Jardim de Alah” (1988) e “Coração de Cowboy” (2018). No teatro, ganhou prêmios como do Festival Internacional de Angra, em 2011, por “Chopin Sand?”. Seu último trabalho na televisão foi “Amor sem igual” (2019).
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Durante as gravações de “Tieta”, em 1989, Françoise descobriu um câncer no colo do útero, mas guardou segredo por dez anos: só os médicos e o diretor de TV Paulo Ubiratan foram informados. Após o tratamento, ela venceu a doença e, aos 38 anos, precisou retirar o útero, ovários e trompas, como prevenção para uma reincidência. Em 2020, Françoise falou sobre o assunto em participação no programa “Encontro”, apresentado por Fátima Bernardes, e explicou porque resolveu quebrar o silêncio sobre o tratamento: “Não falava da doença, fiquei dez anos sem falar. Hoje, faço questão de falar, questão de ir a público. Minha vida mudou inteiramente. Eu me reeduquei, mudei a minha alimentação”.