Com obras como “Escrava Isaura” (1976), “Dancin’ days” (1978), “Vale tudo” (1988) e “Celebridade” (2003), além de escrever seu nome na teledramatrurgia, Gilberto Braga conquistou os telespectadores com texto afiado, antenado com a realidade do Brasil. Criador de vilões, muitas vezes adoráveis, que se tornaram inesquecíveis, o autor morreu nesta terça (26), aos 75 anos, no Rio. Ele estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, e não resistiu às complicações de uma infecção sistêmica provocada por uma perfuração de esôfago. O autor – casado há quase 50 anos com o decorador Edgar Moura Brasil -, faria aniversário na segunda-feira, dia 1º de novembro.
Desde a “Corrida do Ouro” (1974), sua primeira novela, até a última, “Babilônia” (2015), foram muitos os personagens que fizeram história na TV. Não só nas novelas como nas minisséries. Estão ai “Anos Dourados” (1986) e “Anos Rebeldes” (1992) para provar. Yolanda Pratini, Maria de Fátima e Lurdinha dispensam apresentações. Isaura fez da atriz Lucélia Santos uma celebridade na China. O restaurante Paladar, de Raquel Accioli (Regina Duarte), virou sinônimo de restaurante na sala de casa em Cuba. “Quem matou Odete Roitman?” foi a pergunta que parou o Brasil em 1988.
Pelas redes sociais, atores e outros profissionais que trabalharam com Braga lamentaram sua morte. A atriz Glória Pires postou uma foto ao lado dele em sua conta oficial no Instagram, dizendo: “Gratidão eterna a Gilberto Braga e sua genialidade. Descanse em paz, querido”. Suzana Vieira publicou na mesma rede que “perdemos um grande brasileiro que fazia o Brasil torcer e sonhar”. Zezé Motta, que viveu a personagem Sônia em Corpo a corpo (1984), par romântico de Cláudio (Marcos Paulo), lembrou como o papel foi um divisor de águas na década de 80: “Graças a você, falamos de racismo em horário nobre”.
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O corpo do escritor está sendo velado nesta quarta (27), no Rio, em uma cerimônia restrita à família. O enterro está previsto para as 16h.