Gilberto Gil é o mais novo imortal do país: o artista foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quinta (11). Aos 79 anos, o cantor e compositor passa a ocupar a cadeira número 20, que era do jornalista e advogado Murilo Melo Filho, e tem como patrono o jornalista Joaquim Manuel de Macedo. Concorriam também o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daunt.
Gil recebeu 21 votos, e Maranhão, sete. Em suas redes sociais, o artista comemorou a conquista: “Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, escreveu.
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Com isso, ele se torna o segundo membro negro da instituição na atualidade — o outro é o escritor Domício Proença Filho, eleito em 2006 e presidente da ABL em 2016 e 2017. A escolha de Gilberto Gil acontece uma semana depois da eleição da atriz Fernanda Montenegro para integrar a instituição.
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Além de ser um dos maiores nomes da música popular brasileira, Gilberto lançou em 1996 o livro Todas as Letras, sua primeira obra, pré-requisito para concorrer a uma vaga na casa. O artista já vinha sendo sondado há tempos pela ABL, e sempre rejeitou os convites. Recentemente, sua mulher, Flora Gil, pediu que ele reconsiderasse. Foi convidado a disputar a cadeira que pertenceu a Alfredo Bosi, morto em abril deste ano, aos 84 anos. Como era amigo professor e crítico literário, preferiu tentar outra vaga.
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