Alvo de mandados de busca e apreensão para o recolhimento de provas de seu suposto envolvimento em fraudes relacionadas a contratos para o combate ao coronavírus, a primeira-dama do estado, Helena Witzel, acusa a Operação Placebo de “ser imbuída de indisfarçada motivação política“. O governador Wilson Witzel, segundo as investigações, estaria no topo de uma organização que cometeu crimes de “peculato, corrupção e lavagem de dinheiro” nos gastos emergenciais do governo durante a pandemia.
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A investigação apontou um “vínculo bastante estreito e suspeito” entre Helena Witzel e empresas de interesse de Mário Peixoto. O empresário, que tem contratos com o governo desde a gestão de Sérgio Cabral e os manteve na de Witzel, foi preso no último dia 14 e nega qualquer irregularidade. Entre os documentos e mensagens de e-mail acessados pela PF, há um contrato de prestação de serviços, no valor de R$ 540 mil, do escritório de advocacia de Helena com a DPAD Serviços Diagnósticos, que tem entre seus sócios Alessandro Duarte. Ele seria um dos operadores de Mário Peixoto.
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A HW Assessoria Jurídica, empresa de Helena, divulgou uma nota alegando que “a diligência nada encontrou que pudesse comprovar alegações de seus requerentes”, e confirmou ter prestado serviços para a empresa apontada pelo MPF, “tendo recebido honorários, emitido nota fiscal e declarado regularmente os valores na declaração de imposto de renda do escritório”. A primeira-dama ainda reiterou seu “respeito às instituições”, mas lamentou que a operação “tenha sido imbuída de indisfarçada motivação política, sendo sintomático, a esse respeito, que a ação foi antecipada na véspera por deputada federal aliada do presidente Jair Bolsonaro”. Helena fez uma referência à deputada bolsonarista Carla Zambelli, que um dia antes da operação declarou numa rádio que “já tem alguns governadores sendo investigados pela Policia Federal”
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