Um dos Jesus no desfile da Mangueira de domingo (24), o ator Humberto Carrão contou sobre a experiência ao curtir o segundo dia de desfiles no Camarote Arara na Avenida por Veja Rio. “Foi muito emocionante. Sou Mangueirense. Sempre desfilo, mas nunca tive um papel de destaque, nunca tinha saído num carro. Tô com o braço doendo porque tinha um chicote que exigia um gestual e uma força empregada, mas a Avenida é muito emocionante. Queria estar até agora desfilando”, disse o intérprete de Sandro em Amor de Mãe.
Adepto de blocos cariocas como Cordão da Bola Preta, Cordão do Boitatá e Cacique de Ramos, o ator comentou sobre a polêmica em torno do tradicional bloco fundado na Zona Norte. “A apropriação cultural é uma questão muito importante, que nós, brancos privilegiados, temos que estar atentos. Por outro lado, temos que entender a complexidade das coisas. Cacique de Ramos não é um bloco fundado ontem, tem uma história colada com a umbanda. As figuras indígenas do bloco seguem um preceito. É um bloco de participação e importância fundamental na nossa cultura. É sempre importante refletirmos sobre as coisas. Mas para pensar e falar sobre elas, temos que estudar. Não dá pra ficar no raso”, refletiu.